Bienal do Rio: de professor do TikTok a biógrafo de Arlindo Cruz, autores do subúrbio ganham destaque na feira

Autores de Vaz Lobo e Rocha Miranda, respectivamente, Leandro Horta e Camila Leite apresentam “Texto de cria: um manual de redação afrocentrado”, publicado pela Emó Editora. A obra propõe uma ruptura com o modelo tradicional de ensino da escrita, valorizando a cultura, o território e o repertório de quem historicamente esteve fora do centro.

Voltado principalmente para o ensino da dissertação argumentativa — exigida em vestibulares e concursos —, o livro traz uma abordagem que destaca e afirma a herança africana e afro-brasileira no uso da linguagem, propondo caminhos de escrita mais plurais e representativos.

A sessão de autógrafos acontece neste sábado, das 16h às 20h, no estande Fábrica do Livro, com a presença dos autores. Na segunda-feira, às 14h, Camila participa, ao lado de outras autoras, do bate-papo “Mulher periférica na literatura”, promovido no estande Escreva Garota.

O pedagogo Sérgio Augusto da Silva, o Seguto, morador da Pavuna, lança seu primeiro romance na Bienal do Livro, também pela Emó Editora. A obra, intitulada “Nasce uma lenda”, mergulha no universo do cangaço e retrata, com crueza e sensibilidade, a vida daqueles que enfrentavam as durezas do sertão.

— Esse misto de mocinho e bandido, de bem e mal, tão presente na natureza humana, fica evidente na trajetória dos cangaceiros. Desde criança, esse tema me atrai. Sempre quis desvendar esse mistério e enxergar o cangaço pelos olhos de quem o viveu — explica o autor.

Seguto estará autografando o livro no próximo sábado, das 14h às 16h, no estande da Toque Mágico